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Macron da França nomeia ex-negociador do Brexit Michel Barnier como novo primeiro-ministro

O presidente espera que sua escolha ponha fim a semanas de impasse desde eleições antecipadas, contando com a extrema direita para não bloquear a nomeação.

O presidente Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier, ex-negociador do Brexit da União Europeia, como novo primeiro-ministro da França, após mais de 50 dias de um governo interino.

Macron conversou com o político veterano de 73 anos no Palácio do Eliseu na quinta-feira, incumbindo-o de formar um novo governo na esperança de acabar com semanas de impasse político no país, após eleições parlamentares antecipadas.

A aposta de Macron de convocar eleições parlamentares antecipadas em junho saiu pela culatra, com sua coalizão centrista perdendo dezenas de assentos e nenhum partido conquistando a maioria absoluta.

A aliança de esquerda Nova Frente Popular ficou em primeiro lugar, mas Macron descartou pedir que eles formassem um governo depois que outros partidos disseram que rejeitariam a proposta imediatamente.

A facção centrista de Macron e a extrema direita compõem os outros dois principais grupos na Assembleia Nacional.

Barnier, um direitista do Partido Republicano (LR), tem sido praticamente invisível na política francesa desde que não conseguiu a nomeação de seu partido para desafiar Macron à presidência em 2022.

O ex-ministro das Relações Exteriores e comissário da UE agora enfrenta o desafio assustador de tentar aprovar reformas e o orçamento de 2025 em um parlamento dividido, em um momento em que a França está sob pressão da Comissão Europeia e dos mercados de títulos para reduzir seu déficit.

A nomeação ocorre após semanas de esforços intensos de Macron e seus assessores para encontrar um candidato capaz de formar grupos dispersos de apoiadores no parlamento e sobreviver a possíveis tentativas dos oponentes do presidente de impedir os esforços para formar um novo governo.

Um ministro do governo cessante disse à agência de notícias AFP que Barnier é “muito popular entre os parlamentares de direita, sem ser um incômodo para a esquerda”.

Macron parece estar contando com o partido de extrema direita Rally Nacional (RN), da candidata presidencial por três vezes, Marine Le Pen, para não bloquear a nomeação de Barnier.

O líder do partido Rally Nacional, Jordan Bardella, disse que Barnier seria julgado “com base em evidências” quando se dirigisse ao parlamento.

A líder dos Verdes, Marine Tondelier, respondeu: “Sabemos no final quem decide. O nome dela é Marine Le Pen. Ela é aquela a quem Macron decidiu se submeter.”

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