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Presidente francês Macron nomeia ex-negociador do Brexit como novo primeiro-ministro francês

Emmanuel Macron considerou uma série de potenciais primeiros-ministros nas últimas semanas. (Arquivo)

Paris:

O presidente francês Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier, ex-negociador do Brexit da União Europeia, como seu novo primeiro-ministro na quinta-feira, após semanas de negociações prolongadas após uma eleição antecipada inconclusiva.

Michel Barnier, de 73 anos, liderou as negociações da UE com a Grã-Bretanha sobre sua saída do bloco de 2016 a 2021. Antes disso, o político conservador ocupou cargos em vários governos franceses e também foi comissário da UE.

Macron considerou uma série de possíveis primeiros-ministros nas últimas semanas, mas nenhum deles conseguiu apoio suficiente para garantir um governo estável, e não há garantia de que o governo de Barnier conseguirá fazer com que as reformas sejam adotadas por um parlamento dividido.

Mas pelo menos o partido de extrema direita National Rally (RN), cujo partido é um dos maiores no parlamento após as eleições de julho, sinalizou mais cedo na quinta-feira que não rejeitaria Barnier imediatamente, se ele cumprisse certas condições.

Barnier é um político de carreira moderado e um pró-europeu convicto, mas endureceu consideravelmente seu discurso durante sua tentativa fracassada de 2021 de obter a chapa de seu partido conservador para a eleição presidencial, dizendo que a imigração estava fora de controle — uma visão compartilhada pela RN.

A aposta de Macron de convocar eleições parlamentares antecipadas em junho saiu pela culatra, com sua coalizão centrista perdendo dezenas de assentos e nenhum partido conquistando a maioria absoluta.

A aliança de esquerda Nova Frente Popular ficou em primeiro lugar, mas Macron descartou pedir que eles formassem um governo depois que outros partidos disseram que rejeitariam a proposta imediatamente.

Em vez disso, ele esperou semanas para fazer sua escolha.

Mesmo que a paralisia política continuasse apesar da nomeação de um novo governo, Macron não poderia convocar novas eleições antecipadas até julho do ano que vem.

O parlamentar republicano Sébastien Chenu disse à BFM TV que o partido de extrema direita esperaria para ver o que Barnier tem a dizer sobre imigração e sobre a mudança no sistema de votação da França.

O deputado Laurent Jacobelli, também da RN, disse que uma condição era que o parlamento fosse dissolvido o mais rápido possível — o que seria no início de julho.

“O RN quer um primeiro-ministro que esteja comprometido em se dissolver o mais rápido possível e estabelecer a representação proporcional (para eleições parlamentares)”, disse Jacobelli à TF1.

Ainda assim, a RN não estava particularmente entusiasmada com Barnier.

“Eles estão tirando da naftalina aqueles que governaram a França por 40 anos”, disse Jacobelli.

(Com exceção do título, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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